Volto a repetir, pois os governos mudam e muda o entendimento do que sejam as funções do Estado, que existe para nos organizar em sociedade e, que, ao fazê-lo, assume determinadas responsabilidades, como educação, saúde, segurança pública, previdência social etc.
Para o cumprimento dessas obrigações, que são as atividades-fim do Estado, os cidadãos pagam impostos. Às vezes, para fazer face a serviços especiais, somos obrigados a arcar com contribuições de melhoria, taxas etc. Daí a estranheza causada por essas CPMFs da vida...
Se é justo pagar imposto, disfarçado em taxa ou contribuição, para fazer face a uma atividade-fim do Estado, por que não criar também um "troço" desses para a educação ou para a segurança pública, já que em todo o território nacional os ladrões pululam?
Quando o dinheiro está curto, o racional é estabelecer prioridades para as despesas. Os governos sempre alegam que não podem dar aumento para o funcionalismo, mas só no mandato do "camelô de conferências" foram contratados mais de 600 mil funcionários. Estão desviando as águas do Velho Chico, um crime de lesa-pátria, que nos custará mais de R$ 8 bilhões. E a Copa do Mundo, mais Olimpíadas? De onde estará saindo tanto dinheiro para essas desgraças todas? Como é que pagamos nossas dívidas com o FMI e estamos devendo mais de R$ 2 trilhões e pagando sobre isso, os juros mais caros do mundo?
Aqui em Minas, continua a greve dos professores, uma tragédia, em cujo desfecho, já se sabe, não haverá vencidos nem vencedores: todos serão prejudicados. Foi fixado pelo governo federal o piso salarial da categoria. Diz o Aurélio que piso é "salário mínimo profissional". O governador, meu amigo e em quem eu votei, relativiza a questão e propõe a proporcionalização do salário, alegando que o piso fixado é para quem trabalha 40 horas por semana e a carga horária do professor do Estado é de 24 horas de trabalho.
Governador: isso é subterfúgio e não fica bem para quem é professor e doutor em direito. Nenhum professor trabalha só no período em que leciona. E o tempo de estudos e preparo das aulas além das cansativas correções de provas e exercícios não conta? E está certo isso? Em minha opinião, sim e não. O artigo 7º da C. F., incisos IV e V, trata da proporcionalização do salário mínimo e, no caso em espécie, existem elementos para uma discussão de mérito sobre o assunto.
Para não enredar muito a conversa: em termos de horário de trabalho, qual a diferença entre professor e governador? Eu, que não sou uma coisa nem outra, penso que tanto o professor quanto o governador trabalham "full time", ou o senhor, como governador, considera seu trabalho só quando está na governança? É ruim minimizar o mínimo...
MEU COMENTÁRIO:
Sylo Costa, como eu gostaria de divulgar este seu texto aos quatro cantos e que o Sr. Governador Anastasia e suas secretárias também tivessem oportunidade de ler e refletir.
Até me emocionei ao ler, pois sou professora por opção e estou sofrendo muito por ter que mendigar o cumprimento de uma lei.
É um absurdo o que nós educadores estamos sofrendo e consequentemente todos os alunos e suas famílias com esta greve .
Nós seres humanos mortais, temos que planejar para gastarmos nosso mísero salário e cumprir com nossos compromissos, o mesmo é que deveria acontecer com o governo que administra recursos PÚBLICOS!!
É O MÍNIMO QUE SE ESPERA DE UM BOM GESTOR!!!!
Anastasia, "DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR"!!
DAI AOS EDUCADORES O QUE A LEI DETERMINA E ACABA LOGO COM ESTA pirraça!!!
Comentários:
Cris...
Neste 7 de Setembro, quando estamos completando 3 meses em greve, não sei se sinto orgulho em dizer "Pátria amada". Após ouvir o vice-governador fazer mal uso de palavras tão importantes e de enorme valia "contexto da realidade, da legalidade, da responsabilidade e do equilíbrio", não sei se ainda posso dizer "pátria amada". Nossa realidade em MG é feita por políticos omissos; a legalidade é feita por brechas em leis para que aproveitadores a usem para desonrar os de baixo; responsabilidade, uma greve durar 03 meses sem negociação séria, com a usurpação dos direitos dos educadores; equilíbrio, presencio na inércia e na omissão, na coragem que têm ao afirmar que o subsídio valoriza o professor. Pátria amada? Sofrida!!!
SABE CRIS ACHO QUE CHEGOU A HORA DE ASSUMIRMOS QUE LUTAMOS MAS A VITÓRIA NÃO VEIO.
VAMOS VOLTAR, SOU DESIGNADA MINHA SITUAÇÃO TÁ DIFÍCIL. NA MINHA ESCOLA IRÁ FECHAR 4 TURMAS E EU PERDEREI MINHA VAGA. PERDEREI MEU VÍNCULO.. TÁ NA CARA QUE O GOVERNADOR NÃO VAI PAGAR O PISO, A JUSTIÇA ESTÁ DO LADO DELE NÃO DO NOSSO. AS FORÇAS ME FALTAM...
Caro anônimo das 22:40,
Você tem certeza que é educador???
Temos uma lei a nosso favor.
Falar que a justiça está do lado do governador antes dela se pronunciar é jogar do lado do governador e contra a categoria.é no mínimo desconhecimento da lei. Quando entramos numa luta dura como esta temos que ir até o último minuto da prorrogação. O jogo não termina enquanto o juiz não apita o seu final.
Força é que não pode faltar neste momento, este é o jogo deles e eles contam com alguns que se sentem pressionados, mas este não é nosso caso. Somo guerreiros, não é???
Um abraço e temos que ir até o final, lutando e confiando.
Parabéns Anastasia, vc venceu!!!
As escolas já estão cheias novamente, cheias de professores desmotivados, revoltados e por consequência, de alunos sem nenhuma perspectiva de uma educação de qualidade.
Agora o senhor precisa providenciar mais presídios, MG vai precisar...
Cris...
ResponderExcluirNeste 7 de Setembro, quando estamos completando 3 meses em greve, não sei se sinto orgulho em dizer "Pátria amada". Após ouvir o vice-governador fazer mal uso de palavras tão importantes e de enorme valia "contexto da realidade, da legalidade, da responsabilidade e do equilíbrio", não sei se ainda posso dizer "pátria amada". Nossa realidade em MG é feita por políticos omissos; a legalidade é feita por brechas em leis para que aproveitadores a usem para desonrar os de baixo; responsabilidade, uma greve durar 03 meses sem negociação séria, com a usurpação dos direitos dos educadores; equilíbrio, presencio na inércia e na omissão, na coragem que têm ao afirmar que o subsídio valoriza o professor. Pátria amada? Sofrida!!!
SABE CRIS ACHO QUE CHEGOU A HORA DE ASSUMIRMOS QUE LUTAMOS MAS A VITÓRIA NÃO VEIO.
ResponderExcluirVAMOS VOLTAR, SOU DESIGNADA MINHA SITUAÇÃO TÁ DIFÍCIL. NA MINHA ESCOLA IRÁ FECHAR 4 TURMAS E EU PERDEREI MINHA VAGA. PERDEREI MEU VÍNCULO.. TÁ NA CARA QUE O GOVERNADOR NÃO VAI PAGAR O PISO, A JUSTIÇA ESTÁ DO LADO DELE NÃO DO NOSSO. AS FORÇAS ME FALTAM...
Caro anônimo das 22:40,
ResponderExcluirVocê tem certeza que é educador???
Temos uma lei a nosso favor.
Falar que a justiça está do lado do governador antes dela se pronunciar é jogar do lado do governador e contra a categoria.é no mínimo desconhecimento da lei. Quando entramos numa luta dura como esta temos que ir até o último minuto da prorrogação. O jogo não termina enquanto o juiz não apita o seu final.
Força é que não pode faltar neste momento, este é o jogo deles e eles contam com alguns que se sentem pressionados, mas este não é nosso caso. Somo guerreiros, não é???
Um abraço e temos que ir até o final, lutando e confiando.
Parabéns Anastasia, vc venceu!!!
ResponderExcluirAs escolas já estão cheias novamente, cheias de professores desmotivados, revoltados e por consequência, de alunos sem nenhuma perspectiva de uma educação de qualidade.
Agora o senhor precisa providenciar mais presídios, MG vai precisar...