domingo, 22 de abril de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
O Homem que calculava
O problema na herança
Andando por Bagdá, o homem que calculava se deparou com 3 irmãos discutindo calorosamente a respeito de uma herança deixada pelo seu falecido pai. A herança se tratava de 35 camelos a serem divididos de forma que o mais velho ficasse com metade dos camelos, o irmão do meio com a terça parte e o mais novo com a nona parte do total de camelos. Os irmãos não chegavam a um acordo pois a quantia não fechava exata. O homem que calculava então chegou dizendo que era muito simples resolver esse problema juntando aos 35 camelos o camelo que o sábio trazia consigo.
E continuou dizendo - - Deverias meu amigo (o irmão mais velho) receber a metade de 35 ou seja 17 e meio. Receberás a metade de 36, e portanto 18 camelos. Não tens nada a reclamar, sairas, pois é claro, lucrando com esta divisão.
Dirigindo-se ao segundo herdeiro, continuou :
- E Tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35, isto é 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é 12. Não poderás protestar, saíste com visível lucro na transação
- E Tu, Hamed Namir, deverias receber um terço de 35, isto é 11 e pouco. Vais receber um terço de 36, isto é 12. Não poderás protestar, saíste com visível lucro na transação
E disse por fim ao mais moço :
- E tu, jovem Harim Namir, segundo a vontade de teu pai, deverias receber uma nona parte de 35 isto é, 3 e tanto. Vais receber a nona parte de 36 isto é , 4. O teu lucro foi igualmente notável.
E concluiu serenamente:
- Todos saíram lucrando, couberam 18 camelos ao primeiro, 12 ao segundo e 4 ao terceiro, um total de 34 camelos. Dos 36 camelos sobraram portanto ainda 2. Então se me permitirem vou ficar com eles por ter resolvido o problema de forma que todos vocês saíram ganhando e eu também.
E o sábio homem saiu com 2 camelos, sendo que todos saíram ganhando. Por que?
quinta-feira, 5 de abril de 2012
A CONDIÇÃO DOCENTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA EM MINAS GERAIS E A COPA DE 2014: O QUE OS RELACIONA?
Caras professoras e caros professores,
Gostaríamos que dispusessem de um pouco de seu tempo para refletir conosco
sobre um processo que vem ocorrendo no Brasil e, no nosso entender, lhes diz
respeito diretamente, enquanto profissionais, em, pelo menos, dois aspectos.
Tal processo liga-se à realização da Copa do Mundo de Futebol, mas não começa e
tampouco termina com ela. O caso é que, mesmo que se tenha festejado a escolha
do nosso país para sediar um dos mais suntuosos eventos esportivos do mundo, é
preciso ver o que ele de fato aponta como legado para nós brasileiros.
Com relação ao primeiro aspecto da Copa que lhes diz respeito, professoras
e professores, vocês sabem, melhor do que nós, que a qualidade da educação não
começa nem termina dentro da sala de aula. Não é esse um dos motivos para que
se reivindique melhores salários aos profissionais da educação pública?
Entendemos que a Copa do Mundo de Futebol vem aprofundar o processo
histórico de arrocho salarial do professorado, uma vez que se está gastando
bilhões, isso mesmo, BILHÕES, para a construção das infraestruturas exigidas
pela FIFA que, além do mais, servem para produzir um modelo de cidade – do qual
falaremos mais adiante – pernicioso para a maioria da população.
Quantas moradias, parques, ciclovias, praças, ginásios poliesportivos,
teatros, escolas poderiam ser construídos com este dinheiro? Quantas reformas e
aparelhamentos de hospitais? Quantas obras de saneamento básico, contenção de
encostas e redução e prevenção às enchentes? Pode-se até realizar a Copa, mas
ao invés de se gastarinutilmente com ela, poder-se-ia investir em
promoção social. Quem vai dizer que o Mineirão ou o Maracanã, embora pudessem
precisar de “ajustes”, não eram excelentes estádios?
O caso é que, quando se trata de atender aos interesses dos ricos, o
dinheiro aparece, mas quando, por exemplo, professores empunham sua justa
bandeira de melhores salários, os governantes de plantão alegam que o orçamento
está apertado e que o salário pago é bom e é o máximo que se pode oferecer –
além de acionarem a polícia para cumprir seu papel fundamental de reprimir as
necessárias lutas do povo.
Tudo bem, a Copa pode não ser a responsável pelo arrocho salarial, mas
lembremos que estamos falando de um processo que não começa e tampouco termina
com ela. Quantos anos serão precisos para pagar estes volumosos gastos em
aeroportos, sistemas de transporte, estádios (todos visando às demandas da Copa
e não da população) e com isso manter o orçamento apertado de modo a não
possibilitar aumentos salariais? E tem mais: além do estado arcar com enormes
gastos (repisemos: todos visando às demandas da Copa e não da população.
Lembremos: com dinheiro dos impostos pagos por toda a população, sobretudo os
trabalhadores), a FIFA e seus parceiros foram agraciados com a isenção de
impostos e a reforma e construção de hotéis receberão “incentivos”.
A propósito, o prédio onde funcionava o Ipsemg na Praça da Liberdade, em
Belo Horizonte, foi alugado por 35 anos para um amigo do ex-governador mineiro
Aécio Neves ao custo mensal de meros 15 mil reais. Pena que não há outra
palavra, porque fica difícil chamar de custo quando se considera que são apenas
15 mil reais para explorar comercialmente um prédio daquele tamanho numa das
áreas mais valorizadas da capital mineira.
O segundo aspecto, mais amplo, refere-se aos atingidos pelas
transformações que as cidades-sede do mundial estão passando. Como principais
atingidos, milhares de famílias estão perdendo suas casas para construção de
sistemas de transporte para atender às demandas dos turistas do mundial. Vejam
bem: brasileiros estão perdendo suas casas para o divertimento de estrangeiros!
Dentre outros, há também os que trabalhavam no entorno dos estádios, vendendo
desde camisas de times até alimentos, que não mais poderão exercer sua atividade
de subsistência.
Vocês podem estar se perguntando: e o que a educação tem a ver com isso?
Ora, quem são aqueles para os quais vocês dão aulas nas escolas públicas? Não
são os filhos dos trabalhadores empobrecidos? Embora muitos de vocês possam não
ter alunos vivendo este drama, lembremos, mais uma vez, que estamos falando de
um processo que não começa e tampouco termina com a Copa do Mundo de Futebol e
também não diz respeito apenas às cidades-sede do megaevento.
Por isso, vale corrigir: este megaevento tem servido, na verdade, para
aprofundar um modelo de cidade que marca a urbanização em nosso país, isto é,
modelo no qual o pobre não tem vez, a não ser, porque não tem outro jeito, para
trabalhar – quando ele tem um trabalho, claro. É um modelo de cidade cujo
sentido não é o de atender às necessidades e direitos da população, tais como
saúde, esporte, lazer, moradia, educação, e sim auferir lucros para uma parte
da população historicamente privilegiada – porque não dizer, é um modelo de
cidade produzido pela e para a elite dominante.
Sendo assim, se observa que produzem a cidade demarcando espaços
destinados exclusivamente aos ricos, com toda infraestrutura e conforto,
enquanto os trabalhadores perdem seus lares e, por consequência, trabalho e
laços sociais, ao serem mandados para longínquas periferias normalmente sem a
menor infraestrutura. Os alunos estão dando muito trabalho na sala de aula?
Mais do que nós, vocês sabem quem são eles e o que passam enquanto filhos de
trabalhadores empobrecidos.
Por estas considerações, e por entendermos que educação pública e de
qualidade exige salários dignos, manifestamos nosso total apoio à luta das
professoras e dos professores em greve para que o governo do estado de Minas
Gerais cumpra a lei do Piso Salarial Profissional Nacional (Lei n° 11.738/08).
Enfim, procuramos aqui apontar dois aspectos que imaginamos estejam
relacionados com as condições de trabalho na educação básica pública, dentre
elas a condição salarial, mas cremos que a questão vai muito além. Nesse
sentido, que tal se vocês vierem conversar conosco sobre a Copa afim de
elaborarmos juntos um entendimento sobre este megaevento que dialogue com
a realidade dos alunos? Ao final deste texto, consta nosso
calendário de reuniões até o final deste ano. Sejam muito bem vindos!
Saudações de luta,
Comitê Popular dos Atingidos pela Copa
2014 BH
Mensagem aos Pais
Estarão
os pais preparados para compreender o mundo do filho?
Educar
é preparar o filho para a vida. A missão dos pais é fazer a felicidade do
filho.
Ajude
seu filho a ser feliz. É um ato que poderá conduzir os pais na difícil e
laboriosa tarefa de fazer o filho feliz.
Aguardando
o nascimento de um filho, os pais pensam em tudo.
Preparam
o enxoval, escolhem o nome, traçam os planos a respeito do futuro do filho
querido.
No entanto a tarefa mais importante é preparar-se para educar o filho
querido e fazê-lo feliz na vida.
Para
educar é preciso saber amar, e no amor, muitas vezes se exigem dolorosas
renúncias.
Não
haverá jamais verdadeira educação sem a presença do autêntico e verdadeiro
amor.
Verdadeiro
pai e mãe são aqueles que podem construir a felicidade do filho.
O maior
tesouro que os pais podem legar aos filhos é a riqueza de uma vida cheia de
amor e de uma educação sólida e bem orientada.
Preparando
para a vida e para o amor, seu filho poderá vencer sempre.
Sem o tesouro do
amor e sem a riqueza de uma boa e sólida educação, ele será sempre pobre na
vida, muito embora disponha de grandes recursos materiais.
Seu
filho precisa de muito amor, de carinho, de compreensão e de segura orientação.
Dar,
transmitir a vida e fazer o filho feliz é um milagre duplamente maravilhoso.Milagre
que se realiza exclusivamente na vida de amor.
Reflita
sobre isto.
Assinar:
Postagens (Atom)