terça-feira, 31 de janeiro de 2012

7 dicas para organizar melhor o tempo de seu filho


7 dicas para organizar melhor o tempo de seu filho

Como administrar o calendário do seu filho para que o aprendizado e a produtividade aumentem

 


Horários, prazos e obrigações. Se administrar as atividades cotidianas já não é fácil para os adultos, imagine para as crianças! Durante a vida escolar, as lições de casa, os trabalhos e as provas se tornam cada vez mais frequentes, exigindo dos alunos organização e planejamento. A falta de uma rotina pré-estabelecida muitas vezes compromete o aproveitamento do aluno. Para que isso não aconteça, é preciso a colaboração dos pais. "O auxílio dos adultos na organização é crucial. São necessárias conversas para que os combinados sejam retomados e revistos, se for o caso", alerta Rita de Cassia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP. 

Para que a organização do tempo funcione, é preciso pensar nas reais demandas do dia a dia do estudante e da casa. Isso não significa que os filhos devam seguir a rotina dos pais, ao contrário, é essencial para o desenvolvimento que as crianças aprendam a lidar com as questões pessoais e assim construam seus próprios horários.
Não adianta os pais implantarem um padrão de rotina que massacre o estudante. É preciso ser certeiro e fazer com que a rotina auxilie e não martirize a todos. "Se a organização dos estudos estiver atenta para as fragilidades e as potencialidades das crianças, poderá favorecer o desempenho da criança nas aulas", completa.




O estabelecimento de horários combinados para as atividades pode ser determinante para o funcionamento da rotina. "Assim, as próprias crianças sabem de seus deveres previamente combinados e podem cumpri-los", acredita Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP. 

A rotina do estudante, contudo, não precisa ser imposta pelos pais. Pode - e deve - ser determinada conjuntamente. Perguntar para o jovem como é o seu dia desde que levanta e mostrar algumas opções de organização é interessante e mostra aos pais a visão que os filhos têm do próprio dia a dia. A pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp, aconselha que os pais comecem a negociação de uma rotina ponderando junto aos filhos o que deve vir primeiro no horário diário: os estudos ou o lazer. "Dependendo da resposta e das preferências de cada um é possível adequar o horário de estudos. O cuidado com o cotidiano deixa as crianças mais seguras e confiantes", explica. 

É possível até transformar esse momento de organização em algo agradável. "Uma sugestão simples é fazer um quadro com a rotina, colorido, personalizado... Depois de realizado, ele pode ser colocado num lugar visível, na agenda, na geladeira, na porta do guarda-roupa, enfim...", completa Virgínia de Ávila.



O ambiente em que os estudos acontecem também interfere diretamente na organização diária. "A criança aprende a organizar o seu tempo tomando como base o modelo adulto que dispõe. O recinto familiar deve oferecer condições para que ela aprenda a se organizar e sentir a necessidade dessa organização", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp. 

Portanto, manter a casa organizada, disponibilizar um espaço adequado para os estudos, sem barulho, bagunça e distrações é muito importante. Para a criança criar a própria organização é pré-requisito conviver em um ambiente também organizado. 

O material também deve estar arrumadinho -- antes e depois das tarefas. "Arrumar a mochila e ver se está tudo em ordem e limpo, olhar os cadernos e observar se não ficou nada incompleto são atividades que podem ser feitas durante o horário de estudos em dias mais livres e que estimulam a organização", completa a pedagoga.




Muitos são os estudantes que, além dos deveres da escola, se ocupam de atividades extracurriculares. Balé, natação, música, futebol e outros cursos podem, sim, complementar a formação. Mas essas atividades complementares jamais podem se tornar um peso excessivo no dia a dia das crianças e dos adolescentes. A sobrecarga de tarefas pode ser tão ruim ou até mesmo pior do que a falta delas. 

É importante que o desejo de realizar determinada atividade parta das crianças e não dos pais. "O interesse da criança deve ser respeitado pelos pais. Nem sempre a atividade que os adultos julgam ser a melhor, é melhor de fato", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da Unesp. "As atividades extracurriculares só são benéficas quando o estudante expresse satisfação em sua realização e demonstre que tem aprendido", alerta Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP. 

O aprendizado que cada atividade oferece deve ser levado em conta. "É relevante que se avalie se a escolha da atividade traz, de fato, contribuições na formação da criança, caso contrário, é preciso avaliar as alternativas e mudar de atividade para que as atividades extracurriculares representem realmente um benefício", diz Rita de Cássia Gallego.



4) Hora de brincar

A brincadeira não pode ficar de fora e também precisa ter seu horário garantido dentro do dia a dia das crianças e dos jovens. É importante que a rotina seja bem pensada para que não haja sobrecarga de atividades e que seja garantido um tempo para o lazer. "A dedicação de parte do dia para a brincadeira e ao lazer traz prazer, desafios, descontração, o que é fundamental, inclusive, para a realização das atividades previstas pela escola ou outras que exigem concentração e disciplina", explica Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP. Organize a rotina de modo que tudo esteja previsto e combinado com a criança para que ela não seja uma mera cumpridora de tarefas.




Uma parceria entre pais e educadores pode ser ainda mais benéfica para o aluno. "A escola pode ajudar os alunos na condução dos seus estudos em casa. Como? Criando rotinas e fazendo avaliações que sirvam para trabalhar as dificuldades notadas e para evidenciar as melhoras e as conquistas de objetivos", explica Rita de Cássia Gallego, professora doutora da Faculdade de Educação da USP. 

O retorno das duas partes é essencial. "Quando a escola detecta algum problema os pais devem ser chamados e, juntos, a escola e a família devem buscar estratégias para a solução das dificuldades", diz a pedagoga Virgínia de Ávila, da UNESP. "Da mesma forma, os pais devem notificar as dificuldades observadas na realização das atividades em casa para que os professores, assim, tomem providências em sala de aula", completa.




O sono também deve fazer parte de uma rotina regrada. Dormir bem e no horário certo influi no dia a dia e pode até mesmo ajudar no aproveitamento escolar. "Um ambiente estruturado, ou seja, com horário para dormir, acordar, fazer a higiene e as refeições repercute positivamente no desenvolvimento das crianças. A regularidade dá o equilíbrio necessário para o desempenho de diversas tarefas ao longo do dia", explica a pedagoga Virgínia de Ávila, da UNESP. "A incorporação de hábitos auxilia no cumprimento das diferentes tarefas realizadas em sala de aula".




Na tentativa de ajudar os filhos, muitos pais acabam tornando o acompanhamento escolar excessivo. Participar é essencial, porém é preciso tomar cuidado para que esta prática não se torne uma tutela. Acompanhar as lições, dar sugestões nos trabalhos, tudo isso faz parte, mas ficar em cima e principalmente fazer por eles são coisas que não podem acontecer, caso contrário, a criança não desenvolve responsabilidade e autonomia. Por outro lado, impor as regras e, depois, sair fora também não resolve. "Não basta estabelecer a rotina com o filho e achar que isso é suficiente para que a criança se organize. O acompanhamento desses momentos a serem dedicados aos estudos permite perceber em que ocasiões a presença dos pais é mais importante", explica a professora Rita de Cassia Gallego.


  

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Piso nacional dos professores deverá ser de 1.450 reais


Piso nacional dos professores deverá ser de 1.450 reais

 

Muitos prefeitos e governadores alegam não poderem arcar com aumento. Mas, governo federal deve manter reajuste

O governo deve confirmar um reajuste de 22% no piso nacional dos professores. O índice representa a variação no valor mínimo de investimento por aluno do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) entre 2011 e 2012 e levaria o salário-base dos atuais R$ 1.187 para R$ 1.450 mensais.

Apesar da pressão de prefeitos e governadores, que alegam não poder arcar com o aumento acima da inflação do salário mínimo e dos professores, a tendência do governo é manter a lei como está. Qualquer valor inferior aos 22% abriria espaço para contestação judicial ou teria de ser apresentado com mudança na lei.

A lei que criou o piso diz que o reajuste será feito todo janeiro, no mesmo porcentual da atualização do valor do Fundeb, e terá de ser o menor valor básico para os professores por 40 horas-aula semanais.

Governadores e prefeitos pressionavam o governo federal para dar aos professores apenas a variação da inflação (6,5%). Em 2011, o reajuste de 16% já incomodou Estados e municípios. Hoje, 16 Estados não cumprem o piso.

Outros cinco pagam menos que os R$ 1.450 que devem entrar em vigor em fevereiro.

Não houve conversa definitiva sobre o assunto entre a presidente Dilma Rousseff e o ministro Fernando Haddad. A decisão final ainda não foi tomada, até porque o ministro espera os dados consolidados do Tesouro Nacional para fechar o valor final do reajuste do Fundeb. É improvável, no entanto, que esse seja menor que os 22% calculados até aqui.






Comentários:

  1. Cristina CostaJan 11, 2012 03:19 PM
    Esta notícia já era esperada por todos e me deixa mais decepcionada e revoltada do que já estava.

    Minas Gerais continua a dar calote nos educadores!!!

    Até quando??

    Até quando, meu Deus!!!

    Para que uma lei que não é cumprida??

    Até quando o governo Federal vai fazer vistas grossas para esta situação???

    Até quando a justiça continuará omissa???

    Até quando o sindicato ficará mudo????

    É duro viver num País sem Lei!!

    Como dizer isto para meu filho????


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

RESOLUÇÃO SEE Nº 2018, DE 06 DE JANEIRO DE 2012 . Estabelece normas para a organização do Quadro de Pessoal das Escolas Estaduais e a designação para o exercício de função pública na rede pública estadual.



RESOLUÇÃO SEE Nº 2018, DE 06 DE JANEiRO DE 2012.

 Estabelece normas para a organização do Quadro de Pessoal das Escolas Estaduais e a designação para o exercício de função pública na rede  pública estadual.

A SECRETÁRIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS  GERAIS, no uso de suas atribuições, considerando a necessidade de definir procedimentos de controle permanente dos recursos humanos disponíveis para assegurar o atendimento da demanda existente, a expansão do ensino, o funcionamento regular da escola e tendo em  vista a legislação vigente, RESOLVE:

CAPÍTULO I

DiSPOSiÇÕES PRELiMiNARES

Art. 1º Compete ao Diretor da Superintendência Regional de Ensino  - SRE, ao Analista  Educacional/inspetor Escolar - ANE/IE - e ao Diretor ou Coordenador de Escola Estadual, em  responsabilidade solidária,  cumprir e fazer cumprir as disposições desta Resolução e instruções Complementares.

Art. 2º Compete ao Diretor da SRE organizar e distribuir os setores de  inspeção Escolar que agrupam escolas de uma ou mais localidades.

§ 1º Ao atribuir o setor ao ANE/ele, será observada, sempre que possível, a maior proximidade entre o setor e a localidade de sua residência e a alternância periódica.

§ 2º O exercício do ANE/IE deverá observar o calendário escolar das  escolas sob sua responsabilidade.

Art. 3º Compete ao ANE/EE referendar a documentação da escola antes de seu encaminhamento à SRE.

Art. 4º Compete ao Diretor ou Coordenador de Escola Estadual organizar o Quadro de Pessoal com base no disposto nesta Resolução, seus Anexos e em instruções Complementares.

§ 1º Compete à escola estabelecer critérios complementares para atribuição de turmas, aulas, funções e turno aos servidores efetivos e  efetivados, observados o disposto nesta Resolução e a conveniência  pedagógica.

§ 2º Após aprovação pelo Colegiado da Escola, registro em ata e validação pela SRE, os critérios complementares serão amplamente divulgados na comunidade escolar, antes do início do ano letivo.

Art. 5º Compete ao Diretor ou Coordenador de Escola Estadual onde há  servidor em Ajustamento Funcional:

I- definir, juntamente com o servidor, as atividades que este deverá exercer na escola, observando as restrições constantes do laudo médico oficial, o grau de escolaridade e a experiência do servidor;

II- encaminhar à SRE, no prazo máximo de 30 (trinta) dias do recebimento do laudo, o nome do servidor em Ajustamento Funcional, lotado na escola, com indicação das atividades a serem desenvolvidas por ele;

III- registrar e acompanhar o desempenho do servidor nas atividades propostas, mantendo atualizados os registros no Processo Funcional;

IV- emitir declaração contendo informação sobre as atividades que o servidor exerceu durante o período de Ajustamento Funcional, bem como avaliação de seu desempenho que será anexada ao processo que acompanhará o servidor quando do seu retorno para nova perícia médica.

§ 1º O Professor de Educação Básica, o Especialista em Educação Básica e o Analista de Educação Básica – AEB, em Ajustamento Funcional cumprirão a carga horária de seus respectivos cargos exercendo atividades na Secretaria da Escola ou na Biblioteca, observado o quantitativo para tais funções definido no Anexo II desta Resolução.

§ 2º Não sendo possível o aproveitamento do servidor em Ajustamento Funcional na própria escola, compete à SRE processar seu remanejamento para outra escola da mesma localidade.

§ 3º Na hipótese do professor em Ajustamento Funcional ser detentor  de cargo com jornada inferior a 24 horas, a escola poderá aproveitar 02(dois) servidores em Ajustamento Funcional para assumir a vaga de
Professor para Ensino do Uso da Biblioteca ou de Assistente Técnico de Educação Básica.

Art. 6º O Quadro de Pessoal dos Conservatórios Estaduais de Música será previamente analisado pela Subsecretaria de Gestão de Recursos Humanos.

Art. 7º A chefia imediata do servidor detentor de outro cargo efetivo, emprego ou função pública ou que receba proventos, deverá instruir o processo de acúmulo a ser encaminhado pela SRE para análise da Diretoria Central de Gestão de Direitos do Servidor/SEPLAG, conforme previsto no Decreto nº 45.841, de 26 de dezembro de 2011.

CAPÍTULO II

ATRIBUIÇÃO DE TURMAS, AULAS E FUNÇÕES

SEÇÃO I

DA CARGA HORÁRIA OBRIGATÓRIA

Art.8º As turmas, aulas e funções serão atribuídas aos servidores efetivos e efetivados nos termos da Lei Complementar n° 100/2007, observando-se o cargo, a titulação e a data de lotação na escola.

§ 1º Ocorrendo empate na aplicação do disposto no caput deste artigo será dada preferência, sucessivamente, ao servidor com:

I- maior tempo de serviço na escola;

II- maior tempo de serviço público estadual;

III- idade maior.

§ 2º O tempo a ser computado para efeito do disposto no parágrafo anterior é o tempo de serviço na escola após assumir exercício em decorrência de nomeação, estabilidade nos termos do artigo 19 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal, efetivação nos termos da Lei Complementar n° 100/2007, remoção ou mudança de lotação.

Art. 9º A atribuição de aulas entre os professores deve ser feita no limite da carga horária obrigatória de cada cargo, observando-se, sucessivamente:

I- o conteúdo do cargo;

II- outro conteúdo constante da titulação do cargo, desde que habilitado;

III- outro conteúdo para o qual possua habilitação específica;

IV- conteúdo que esteja cursando habilitação específica;

V- conteúdo para o qual esteja autorizado a lecionar.

§ 1º Para atribuição de aulas, será levada em consideração, sempre que possível, a declaração de preferência do professor detentor de cargo cuja titulação inclui mais de um conteúdo curricular.

§ 2º O professor que preencher as condições definidas no caput e incisos deste artigo e recusar as aulas que lhe forem atribuídas será considerado faltoso e não poderá ser designado na própria escola ou em outra escola da rede estadual.

Art. 10 As aulas de um mesmo conteúdo que, por exigência curricular, ultrapassem o limite de 18 (dezoito) aulas semanais, devem ser atribuídas, obrigatoriamente, ao mesmo professor regente de aulas, com pagamento adicional proporcional ao valor do subsídio.

Parágrafo único. A carga horária do professor regente de turma que exceda 18 (dezoito) horas semanais deve ser computada como exigência curricular.

Art. 11 O professor a quem não for atribuída, na escola de lotação, regência de turma ou de aulas, função de professor para ensino do uso da biblioteca, de professor para substituição eventual de docente ou outras atribuições específicas do cargo em projetos autorizados pela Secretaria, estará sujeito ao remanejamento para outra escola da localidade, para:

I- assumir cargo vago;

II- atuar em substituição a docentes afastados temporariamente, por período superior a 15 (quinze) dias.

§ 1º Serão remanejados sucessivamente, os excedentes: com menor tempo de exercício na escola; com menor tempo de exercício no serviço público estadual; com idade menor.

§ 2º O tempo a ser computado para efeito do disposto no parágrafo anterior é o tempo de serviço na escola após assumir exercício em decorrência de nomeação, estabilidade nos termos do artigo 19 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal, efetivação nos termos da Lei Complementar n° 100/2007, remoção ou mudança de lotação.

§ 3º O remanejamento previsto no caput deste artigo pode ser deferido ao professor não excedente, desde que o requeira.

Art. 12 Aos servidores das demais carreiras dos Profissionais de Educação Básica que se tornarem excedentes na escola de lotação aplica-se o disposto no artigo anterior.

SEÇÃO II
DA EXTENSÃO DA CARGA HORÁRIA DO PROFESSOR
EFETIVO

Art.13 A carga horária semanal de trabalho do Professor de Educação Básica efetivo ou efetivado nos termos da Lei Complementar n° 100, de 5 de novembro de 2007, poderá ser acrescida de até dezoito horas aula, para ministrar conteúdo curricular para o qual seja habilitado ou esteja autorizado a lecionar, na escola onde está em exercício, nas hipóteses de:

I- cargo vago;

II- substituição.

§ 1º O servidor ocupante de dois cargos de professor somente poderá assumir extensão de carga horária se, no total, o número de aulas não exceder a 36 (trinta e seis), excluídas desse limite as aulas obrigatórias por exigência curricular.

§ 2º As aulas assumidas por exigência curricular serão computadas além do limite estabelecido no caput.

§ 3º Poderá ser concedida extensão de carga horária, a ser cumprida  na regência de aulas, ao professor em exercício da função de Vice-Diretor, respeitada a compatibilidade de horários.

§ 4º O professor efetivo ou efetivado que assumir aulas como extensão de carga horária perceberá valor adicional proporcional ao valor do  subsídio estabelecido nas respectivas tabelas das carreiras de Professor de Educação Básica, enquanto permanecer nessa situação.

Art. 14 A atribuição de aulas como extensão de carga horária a professor não habilitado só ocorrerá na hipótese de inexistência de professor habilitado.

Parágrafo único. Excepciona-se do disposto no caput deste artigo a situação de professor autorizado a lecionar que tenha sido efetivado com número de aulas inferior ao necessário para assegurar que o conteúdo curricular seja ministrado na turma por um único professor.

Art. 15 A extensão da carga horária, concedida a cada ano, poderá ser reduzida, a qualquer tempo, quando ocorrer:

I- desistência do professor;

II- redução do número de turmas ou de aulas;

III- retorno do titular do cargo, quando se tratar de substituição;

IV- provimento do cargo, quando a extensão resultar da existência de cargo vago;

V- ocorrência de movimentação do professor, por conveniência do Sistema, mesmo em se tratando da extensão em substituição;

VI- afastamento do exercício do cargo, com ou sem remuneração, por período superior a 60 (sessenta) dias no ano, ainda que em afastamentos alternados, hipótese em que a dispensa ocorrerá imediatamente após o decurso desse período;

VII- desempenho insatisfatório devidamente comprovado;

VIII- requisição das aulas por professor habilitado, quando assumidas por docente não habilitado.

§ 1º A desistência do professor, quando ocorrer, abrangerá a totalidade das aulas assumidas como extensão de carga horária, exceto as que constituem exigência curricular.

§ 2º Na ocorrência das hipóteses previstas nos incisos I e VI deste artigo, o professor somente poderá concorrer à extensão da carga horária no ano subsequente.

§ 3º O professor com extensão de carga horária que se afastar por motivo de férias-prêmio deverá assumir o compromisso de permanecer com a extensão de carga horária quando de seu retorno.

§ 4º Na hipótese do inciso VII deste artigo, somente poderá ocorrer atribuição de extensão da carga horária quando o professor apresentar resultado satisfatório em período avaliatório subsequente.

§ 5º Poderá ainda ocorrer dispensa imediata da extensão da carga horária à vista de ocorrência disciplinar, devidamente apurada, que contra indique a permanência do professor.

CAPÍTULO III

DESIGNAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

Art. 16 Somente haverá designação de servidor para o exercício de função pública, em cargo vago ou substituição, quando não existir servidor efetivo ou efetivado nos termos da Lei Complementar nº 100/2007 que possa exercer tal função, observado o disposto nesta Resolução.

Art. 17 Nenhuma designação poderá ser processada sem a prévia autorização da Secretaria de Estado de Educação.

Art. 18 A direção da escola deverá:

I- registrar no Sistema Sysadp do Portal da Educação as vagas ainda não assumidas por servidores efetivos ou efetivados nos termos da Lei Complementar nº 100/2007;

II- registrar no Sistema Sysadp do Portal da Educação quais os servidores efetivados que extrapolam o quantitativo previsto para a escola e devem ser remanejados;

III- informar à SRE quais os servidores efetivos que extrapolam o quantitativo necessário ao funcionamento da escola especificando o cargo, titulação, carga horária, habilitação ou qualificação, data de lotação na escola e a função exercida enquanto aguarda o remanejamento.

Art. 19 A Superintendência Regional de Ensino só pode aprovar vagas registradas pelas escolas e solicitar autorização da SEE para designação através do Sistema Sysadp, quando:

I- for impossível qualquer outra medida administrativa no âmbito da escola que preserve a continuidade da vida escolar dos alunos;

II- não existir, na localidade, professor excedente habilitado ou que preencha as condições para ser autorizado para assumir as aulas.

Parágrafo único. Aplicam-se as disposições deste artigo às vagas registradas pelas escolas para exercício de outras funções.

Art. 20 Após aprovação da Secretaria de Estado de Educação as vagas devem ser divulgadas por meio de Editais afixados na própria escola, na SRE e em locais previamente definidos, com a antecedência mínima
de 24 (vinte e quatro) horas do horário previsto para seleção dos candidatos.
Art. 21 Para o registro das vagas no Sistema Sysadp do Portal da Educação, a direção da escola deverá:

I- justificar o motivo da solicitação;

II- especificar o período da designação e o horário de trabalho;

III- em caso de substituição, identificar o titular afastado e informar o prazo do afastamento;

IV- observar os prazos mínimos permitidos para designação para a função pública de:

a) Professor de Educação Básica - PEB, para atuar na docência, por qualquer prazo;

b) Auxiliar de Serviços de Educação Básica - ASB, nos afastamentos por 15 (quinze) dias ou mais, exceto quando se tratar de férias regulamentares;

c) Assistente Técnico de Educação Básica: ATB – Auxiliar de Secretaria nos afastamentos por 30 (trinta) dias ou mais, exceto quando se tratar de férias regulamentares; ATB – Auxiliar da Área Financeira – somente na hipótese de vacância do cargo.

d) Professor de Educação Básica – PEB para a função de Professor para Ensino do Uso da Biblioteca, Especialista em Educação Básica – EEB (Supervisor Pedagógico ou Orientador Educacional) e demais situações, nos afastamentos por 60 (sessenta) dias ou mais;

e) Analista Educacional - ANE/IE - em regime de dedicação exclusiva, com 40 horas semanais, nos afastamentos por período mínimo de 30 (trinta) dias, exceto quando se tratar de férias regulamentares.

§ 1º Somente haverá designação para a função pública de Professor para o ensino do Uso da Biblioteca ou de Assistente Técnico de Educação Básica, em cargo vago ou substituição se não existir, na localidade,
PEB, AEB ou EEB em Ajustamento Funcional para exercer tais funções.

§ 2º Para as substituições decorrentes de afastamentos por motivo de férias prêmio deverão ser observadas as normas estabelecidas pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAG.

§ 3º O fracionamento de cargo, para fins de designação, somente será permitido nas situações em que a escola, funcionando em dois ou mais endereços, não puder unificar as aulas para composição do cargo completo, devido à distância entre os prédios de funcionamento da escola.

§ 4º A escola que contar com professor para substituição eventual de docente não pode designar regente de turma por período igual ou inferior a 15 (quinze) dias, exceto se o professor eventual já estiver atuando em substituição a outro docente.

§ 5º A escola que contar com professor em número superior ao que comporta não pode processar designação para substituir docente nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, no caso de faltas eventuais e nos afastamentos, por até 15 (quinze) dias, do professor regente de aulas.

§ 6º Na situação prevista no § 5º deste artigo, um professor disponível assumirá as aulas e será orientado pedagogicamente, de forma a preservar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos.

Art. 22 É vedada a designação de servidor cuja situação de acúmulo de cargos e funções contraria, comprovadamente, a disposição do art. 37 da Constituição Federal.

Art. 23 O servidor designado em caráter de substituição pode ser mantido quando ocorrer prorrogação do afastamento do substituído no decorrer do ano ainda que por motivo diferente, ou na hipótese de vacância do cargo, desde que o período compreendido entre uma e outra designação não ultrapasse cinco dias letivos.

Art. 24 O servidor dispensado por provimento de cargo poderá ser novamente designado sem necessidade de divulgação da vaga, se o titular que deu origem a sua dispensa afastar-se no prazo máximo de cinco dias letivos após o provimento.

SEÇÃO II

DA DESIGNAÇÃO

Art. 25 Não haverá abertura de inscrição para candidatos à designação na rede estadual de ensino em 2012, prevalecendo a listagem que vigorou em 2011.

Art. 26 Onde houver necessidade de designação, esta será processada observada a seguinte ordem de prioridade:

I- candidato habilitado, concursado para o município ou SRE e ainda não nomeado, obedecida a ordem de classificação no concurso;

II- candidato habilitado, concursado para outro município ou SRE e ainda não nomeado, obedecido o número de pontos obtidos no concurso, promovendo-se o desempate pela idade maior;

III- professor designado habilitado e servidores designados para outras funções, com vínculo em 31 de dezembro de 2011, que terão renovada a designação na mesma escola ou na SRE, no caso de ANE Inspetor
Escolar, desde que comprovem, no mínimo, 90 (noventa) dias de efetivo exercício na escola, em 2011, na mesma função e conteúdo, observados o número de vagas existentes e a ordem de classificação na listagem que vigorou em 2011;

IV- candidato habilitado, obedecida a ordem de classificação na listagem geral do município utilizada em 2011;

V- candidato habilitado, que não consta da listagem geral de candidatos habilitados do município, utilizada em 2011;

VI- candidato não habilitado, obedecida a ordem de classificação na listagem geral do município utilizada em 2011.

§ 1º O disposto no inciso III deste artigo somente se aplica após a designação de candidatos concursados e exclusivamente para designações com início até 02 de abril de 2012.

§ 2º O professor e o especialista de educação (Supervisor Pedagógico) designado que atuou nos três primeiros anos do ensino fundamental do ciclo inicial de alfabetização em escolas com mais de 30% (trinta por cento) de alunos com baixo desempenho na avaliação censitária, realizada em 2011, perde a prerrogativa estabelecida no inciso III deste artigo.

§ 3º O candidato designado na forma prevista no inciso III deste artigo fica obrigado a apresentar, no ato da designação, novo Exame Médico Pré-Admissional, nos termos da Resolução SEPLAG nº 17, publicada no MG de 18/03/2009, caso tenha se afastado para tratamento de saúde por período superior a trinta dias consecutivos ou não nos últimos 12 (doze) meses.

§ 4º Na hipótese de comparecimento de mais de um candidato a que se refere o inciso V, eles serão classificados utilizando os critérios estabelecidos na Resolução SEE nº 1.724, publicada no “Minas Gerais” de 13 de novembro de 2010.

Art. 27 A condição de prioridade como candidato concursado de que tratam os incisos I e II do artigo anterior somente se aplica aos aprovados em concursos públicos homologados e que estejam dentro do prazo de validade na data da designação.

Art. 28 A designação será processada diretamente nas escolas nos dias e horários determinados no edital divulgado na escola, na SRE e em outro local previamente definido.

Art. 29 Ao professor habilitado já designado para número de aulas inferior a 18 (dezoito) aulas, devem ser oferecidas as aulas do mesmo conteúdo que surgirem na escola, até completar o cargo, antes de sua divulgação para designação de outro candidato.

Parágrafo único. O professor de que trata este artigo, se concordar com a complementação da carga horária, obriga-se a ministrar as aulas nos dias e horários já fixados anteriormente pela escola.

Art. 30 Respeitada a licitude do acúmulo, o professor habilitado só pode assumir uma segunda designação no mesmo conteúdo, na mesma escola ou em outra escola, valendo-se da mesma classificação, se no momento da designação não estiver presente outro candidato habilitado, ainda não designado.

Parágrafo único. A designação de professor não habilitado só ocorrerá se, no momento da designação, não se apresentar candidato habilitado, ainda que não inscrito.

Art. 31 Esgotada a listagem de candidatos, ou não comparecendo candidato inscrito no momento da designação, poderá ser designado candidato não inscrito que atenda às exigências e critérios estabelecidos na Resolução SEE nº. 1.724, publicada no “Minas Gerais” de 13 de novembro de 2010.

Art. 32 O candidato que recusar vaga, que não comparecer no local definido no Edital para designação ou que comparecer após o início da chamada terá sua classificação mantida para escolha de vaga ainda não preenchida.

Art. 33 O candidato depois de aceitar a vaga deverá, imediatamente, assinar o formulário “Quadro Informativo Cargo/Função Pública - QI”.

§ 1º A chefia imediata poderá dispensar de ofício o candidato que, depois de aceitar a vaga, não comparecer no dia determinado para assumir o exercício.

§ 2º O candidato dispensado de ofício pelo motivo previsto no § 1º deste artigo só poderá ser novamente designado em escola estadual do mesmo município, ou, no caso de ANE/IE em qualquer SRE, após decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias da dispensa.

Art. 34 Os dados para a designação devem ser registrados em formulário próprio, assinado pelo servidor e chefia imediata e, quando se tratar de servidor de escola, visado pelo ANE/IE.

§ 1º A data de início da designação deve corresponder ao primeiro dia de exercício do servidor e o término não pode ultrapassar o ano civil.

§ 2º Após assinatura, os formulários devem ser encaminhados, imediatamente, à Diretoria de Pessoal da SRE.

Art. 35 A designação para a função de professor poderá ocorrer para até três conteúdos curriculares desde que:

I- seja na mesma escola;

II- o candidato seja habilitado ou autorizado a lecionar os conteúdos;

III- tenha a mesma vigência.

Art. 36 No caso de designação para duas funções públicas de professor regente de aulas, deverá ser observado o limite máximo de três conteúdos.

Art. 37 No ato da designação, o candidato deve apresentar, pessoalmente, as vias originais dos documentos relacionados a seguir, cujas cópias serão arquivadas no Processo Funcional do servidor depois de conferidas, datadas e assinadas:

I- comprovante de aprovação em concurso vigente para cargo correspondente à função a que concorre;

II- comprovante de habilitação ou qualificação para atuar na função a que concorre, através de Registro Profissional ou Diploma Registrado ou Declaração de Conclusão de Curso acompanhado de Histórico Escolar, conforme estabelecido nos Anexos II, III, IV e VI da Resolução nº. 1.724, de 2010;

III- comprovante de especialização, de acordo com as peculiaridades do tipo de atendimento e as características físicas ou mentais dos alunos, para professores e especialistas candidatos a atuação em escola que oferece atendimento educacional especializado, conforme especificado no Anexo V da Resolução nº. 1.724, de 2010;

IV- certidão de contagem de tempo como designado na rede estadual de ensino do Estado de Minas Gerais, no conteúdo ou função pleiteada;

V- documento de identidade;

VI- comprovante de estar em dia com as obrigações eleitorais;

VII- comprovante de estar em dia com as obrigações militares, para candidato do sexo masculino, dispensada a exigência quando se tratar de cidadão com mais de 45 (quarenta e cinco) anos;

VIII- comprovante de inscrição no PIS/PASEP, quando for o caso;

IX- comprovante de registro no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF;

X- comprovante de exame pré-admissional atestando a aptidão para a função pleiteada, observadas as normas estabelecidas pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, na Resolução SEPLAG nº 017,  publicada no MG de 18/03/2009.

§ 1º Nenhum candidato poderá ter exercício antes da apresentação da documentação relacionada neste artigo.

§ 2º Não constitui impedimento para a designação a não apresentação de cópias de documentos por candidato que apresente as vias originais.

Art. 38 A autoridade responsável pela designação deverá fornecer o formulário para preenchimento obrigatório de declaração de acúmulo ou não de cargos, funções e proventos.

§ 1º Na hipótese de acumulação de cargos, funções e proventos, a escola deverá encaminhar à SRE, o processo, devidamente instruído, no prazo máximo de cinco dias.

§ 2º A SRE deverá observar o mesmo prazo para encaminhamento dos processos à Comissão de Acúmulo de Cargos e Funções.

SEÇÃO III

DA DISPENSA DE SERVIDOR DESIGNADO PARA FUNÇÃO PÚBLICA

Art. 39 A dispensa de servidor designado para função pública deve ser feita pela autoridade responsável pela designação, podendo ocorrer a pedido ou de ofício.

Art. 40 Os dados para a dispensa devem ser registrados em formulário próprio, assinado pelo servidor, pela chefia imediata e, em se tratando de servidor em exercício em escola estadual, visado pelo ANE/IE.

§ 1º O Quadro Informativo Cargo/Função Pública - QI - deve ser encaminhado à Diretoria de Pessoal da SRE, no prazo máximo de três dias.

§ 2º A dispensa de ofício pode ser formalizada, ainda que sem a assinatura do servidor, no correspondente Quadro Informativo.

Art. 41 O servidor dispensado a pedido só poderá ser novamente designado decorrido o prazo de 60 (sessenta) dias da dispensa:

I- no mesmo município, em qualquer função, quando se tratar de exercício em escola estadual;

II- no Estado, na mesma função, quando se tratar de ANE/IE.

Art. 42 A dispensa de ofício do servidor ocorrerá nas seguintes situações:

I- redução do número de aulas ou de turmas ou de setores de inspeção escolar;

II- provimento do cargo ou remanejamento de servidor;

III- retorno do titular;

IV- ocorrência de faltas no mês, em número superior a 10% (dez por cento) de sua carga horária mensal de trabalho;

V- transgressão ao disposto nos artigos 217 da Lei nº 869, de 1952, e/ou art. 173 da Lei nº 7.109, de 1977;

VI- designação em desacordo com a legislação vigente, por responsabilidade do Sistema;
VII- designação em desacordo com a legislação vigente, por responsabilidade do servidor;
VIII- alteração da carga horária básica de professor efetivo;
IX- alteração da carga horária do professor designado, sem prejuízo das aulas já assumidas por ele anteriormente;
X- desempenho que não recomende a permanência, após avaliação feita pela escola, referendada pelo Colegiado ou pelo Diretor da SRE, quando se tratar de ANE/IE;
XI- por interesse da Administração Pública, decorrente de determinação superior;
XII- não comparecimento no dia determinado para assumir exercício;
XIII- em decorrência de decisão proferida em processo administrativo;
XIV- apresentação de documentação, com vício de origem, para lograr designação.
§ 1º A dispensa prevista nos incisos I e II deste artigo recai sempre em servidor designado para cargo vago.
§ 2º Não havendo servidor designado em cargo vago, a dispensa recairá em servidor designado em substituição.
§ 3º Na hipótese de haver mais de um servidor designado na situação prevista no § 1º ou no § 2º deste artigo, a dispensa recai no servidor pior classificado, observada a ordem de prioridade para designação.
§ 4º A dispensa prevista nos incisos I, II, III, VI, VIII, IX e XI deste artigo não impede nova designação do servidor.
§ 5º O servidor dispensado de ofício por uma das hipóteses previstas nos incisos IV, V e VII deste artigo só poderá ser novamente designado após decorrido o prazo de um ano da dispensa.
§ 6º O servidor dispensado de ofício na hipótese prevista no inciso XII deste artigo só poderá ser novamente designado em escola estadual no mesmo município, após decorrido o prazo de 120 (cento e vinte) dias da dispensa.
§ 7º O servidor dispensado nas hipóteses previstas nos incisos X, XIII e XIV deste artigo só poderá ser novamente designado após decorrido o prazo de dois anos da dispensa.
Art. 43 A autoridade responsável pela dispensa fundamentada no inciso XIV do artigo 42 encaminhará para o Gabinete da Secretaria de Estado de Educação relatório e documentação pertinente à dispensa do servidor para providências junto ao Ministério Público.

CAPÍTULO IV

DIREÇÃO E VICE-DIREÇÃO DE ESCOLA

Art. 44  A carga horária de trabalho do Diretor de Escola é de 40 (quarenta) horas semanais, com dedicação exclusiva.

Art. 45   Nas escolas estaduais que oferecem exclusivamente os anos iniciais do ensino fundamental com até 4 (quatro ) turmas e até 100 ( cem ) alunos, a direção será exercida por professor, na função de Coordenador de escola, sem afastamento da regência de turma.

Art. 46   A carga horária de trabalho do Vice-Diretor é de 30 (trinta) horas semanais.

§ 1º O servidor indicado para a função de Vice-Diretor não pode ser indicado para o cargo em comissão de Secretário de Escola e vice-versa
.
§ 2º O Centro Estadual de Educação Continuada-CESEC com mais de dois turnos de funcionamento poderá ter 1( um ) Vice-Diretor.

§ 3º O servidor designado para a função de Vice-Diretor perceberá gratificação de 40% (quarenta por cento) do subsídio do cargo de Diretor de Escola-DVI a que se refere o Anexo III da Lei n° 18.975, de 29/06/2010 com a redação dada pela Lei nº 19.837, de 02 de dezembro de 2011.

§ 4º Quando no exercício da função de Vice-Diretor, o Especialista de Educação Básica (SP/OE) sujeito à carga horária de 40 (quarenta) horas semanais deve cumprir 30 (trinta) horas semanais nessa função, complementando a jornada de trabalho no desempenho de sua especialidade.

Art. 47 Nos afastamentos do Diretor de Escola por até 30 (trinta) dias, responderá pela direção um Vice-Diretor e, na falta deste, um Especialista em Educação Básica, sem remuneração adicional.

§ 1º Deverá constar do Livro de Posse e Exercício registro de nota constando o nome do servidor e o período em que respondeu pela direção nos termos do caput.

§ 2º A SRE deverá ser imediatamente informada do afastamento ocorrido e do nome do responsável pelo gerenciamento da escola.

Art. 48 Será destituído do cargo/função o Diretor de Escola ou o Vice-Diretor que:

I - afastar-se do exercício por período superior a 60 (sessenta) dias no ano, consecutivos ou não;

II - candidatar-se a mandato eletivo, nos termos da legislação eleitoral específica.

Parágrafo único. Excluem-se do cômputo do período a que se refere o inciso I deste artigo os afastamentos para usufruto de férias regulamentares, recessos escolares e licença maternidade ou paternidade.

CAPÍTULO V

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 49 O candidato que se sentir prejudicado no que se refere à aplicação do disposto nesta Resolução poderá protocolar reclamação administrativa fundamentada:

I - na escola, que tem o prazo de dois dias úteis, a partir do dia seguinte do recebimento da reclamação, para decidir sobre a procedência ou improcedência do recurso, dando ciência formal ao interessado e adotando as providências cabíveis;

II - na SRE, se se tratar de candidato à função de ANE/IE e de candidatos às demais funções que não receberem a resposta no prazo previsto no inciso anterior ou que não concordarem com a decisão da escola.

§ 1º O Diretor da SRE deverá pronunciar-se:

1) no prazo de dois dias úteis, a partir do dia seguinte ao recebimento da reclamação do ANE/IE.

2) em caráter definitivo, no prazo máximo de 15 (quinze) dias, quando se tratar de recursos já protocolizados na escola.

§ 2º O candidato à função de ANE/IE que não concordar com a decisão da SRE poderá protocolizar reclamação na Diretoria de Administração de Pessoal do Órgão Central da Educação – DPOC/SPS/SEE, que terá o prazo de 15 (quinze) dias úteis, a partir do dia seguinte ao recebimento da reclamação, para pronunciar-se em caráter definitivo.

§ 3º A reclamação não tem efeito suspensivo quando se tratar de processo de designação.

Art. 50 O Diretor de Escola Estadual deverá dar cumprimento à Lei 15.455, de 12 de janeiro de 2005 e verificar a frequência regular de alunos para redimensionar as turmas e processar ajustes do Quadro de
Pessoal, sempre que necessário.

Art. 51 É responsabilidade do Diretor ou Coordenador de Escola:

I - cumprir e fazer cumprir o calendário escolar;

II- dimensionar o quadro de pessoal da escola em estrita observância ao disposto nesta Resolução;

III - promover o aproveitamento de todo servidor estabilizado, efetivo e efetivado;

IV - dispensar o servidor cuja designação não mais se justificar;

V - cumprir e fazer cumprir as diretrizes e orientações da Secretaria de Estado de Educação;

VI - cientificar a Superintendência Regional de Ensino, sistematicamente, sobre as alterações ocorridas na escola:

a) utilizando o Sistema Sysadp do Portal da Educação para notificação dos efetivados excedentes e passíveis de remanejamento;

b) encaminhando à SRE a relação de servidores efetivos excedentes, especificando o cargo, titulação, carga horária, habilitação ou qualificação, data de lotação na escola e a função exercida enquanto aguarda o remanejamento.

Art. 52 Compete ao Diretor da Superintendência Regional de Ensino fiscalizar permanentemente o cumprimento do disposto nesta Resolução e providenciar:

I - autorização para a formação de turma com matrícula inferior aos parâmetros definidos no ítem 1 do Anexo I desta Resolução;

II - justificativa imediata perante a Subsecretaria de Informações e Tecnologias Educacionais sobre a autorização concedida, à qual caberá a decisão final;

III - a mobilização da equipe técnica, especialmente dos Analistas Educacionais-Inspetores Escolares para verificação dos ajustes promovidos pelas escolas;

IV - o processamento da mudança de lotação ex offício, por conveniência do ensino, de servidor excedente para outra escola da mesma localidade onde houver necessidade de designação ou onde possa ser aproveitado em função exercida por designado;
V - o registro imediato nos sistemas SYSADP (Portal da Educação) e no SISAP de todas as alterações ocorridas.

Art. 53 As situações excepcionais deverão ser analisadas pelo Diretor da Superintendência Regional de Ensino e encaminhadas à consideração da Secretaria de Estado de Educação.

Art. 54 Será responsabilizada administrativamente a autoridade que descumprir as normas previstas nesta Resolução.

Art. 55 Esta Resolução será alterada, no que couber,  após a conclusão dos estudos para a regulamentação prevista no artigo 23 da Lei n.º 19.837, de 2 de dezembro de 2011 e das adaptações necessárias do Sistema de Administração de Pessoal – SISAP.

Art. 56 Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2012, ficando revogada na mesma data a Resolução SEE nº 1.773, de 22 de dezembro de 2010.

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO, em Belo Horizonte, aos 06 de janeiro de 2012.
(a) ANA LÚCIA ALMEIDA GAZZOLA
Secretária de Estado de Educação

FONTE: http://jornal.iof.mg.gov.br/xmlui/handle/123456789/49279



 Comentários:

Cristina Costa disse...
Gostaria de saber onde está determinada a aplicação de 1/3 da carga horária para preparação de aulas, correções e etc...???
Deveria ser então o cargo com 16 horas aulas mais 8 de preparação, ou será que fiquei burra e não seu mais fazer cálculos envolvendo fração???
Governador Pinóquio este de MG!!!!


Anônimo disse...
Cris, o artigo 55 faz referência ao artigo 23 da Lei 19.837/2011, que trata justamente da aplicação de um terço da carga horária para atividades extraclasse. O problema é que ainda estão realizando estudos para essa regulamentação e, em se tratando de Anastasia e sua trupe, podemos aguardar por muito tempo...
Mas calados é que não vamos ficar!